Ao reconhecer que não temos tempo a perder e ao nos juntarmos a outros que já trabalham neste âmbito, montamos nossa estratégia em conjunto com uma série de partes interessadas em todo o mundo.

Em 2020, colaboramos, ouvimos e aprendemos com 300 líderes, executivos e especialistas de vários setores diferentes que compartilharam suas opiniões sobre o sistema econômico. O que ficou claro foi que, para mudar o sistema, precisamos mudar a mentalidade, as regras e o poder dos trabalhadores e produtores, líderes empresariais, legisladores e investidores, que são os agentes-chave para fazer a mudança acontecer.

Neste mundo incerto, criamos nossa estratégia de cinco anos para sermos deliberadamente flexíveis, assim podemos constantemente incorporar lições e responder às mudanças. Ao mesmo tempo, nos responsabilizamos pela mudança que queremos ver e, até 2025, gostaríamos de ter contribuído para os seguintes resultados:  

• Trabalhadores, produtores (e as comunidades ao seu redor) que reivindicam seus direitos e se empoderam para organizar e defender práticas climáticas positivas, equidade e inclusão.
• Empresas e indústrias que promovem e implementam políticas, modelos e práticas ousadas e favoráveis ao clima que contribuam para a equidade e a inclusão.
• Um setor financeiro que usa sua influência, políticas, práticas e metodologias de avaliação para garantir práticas climáticas positivas, equidade e inclusão.
• Gestores públicos que fazem reformas, implementam, aplicam e protegem leis e políticas críticas que exigem que as empresas e os investidores adotem práticas climáticas positivas e inclusivas.

1. Integrar o preço das externalidades relacionadas ao clima na política
2. Infuenciar investidores e bancos a se tornarem compatíveis com o Acordo de Paris 
3. Envolver investidores para conduzir negócios e indústria em direção à conformidade com o Acordo de Paris
4. Expandir do novo pensamento econômico em aplicação prática com formuladores de políticas e negócios

1. Garantir uma transição justa, incluindo proteção social para trabalhadoras e trabalhadores
   
2. Promover incentivos para a responsabilidade, incluindo transparência e mecanismos regulatórios
   
3. Promover a ação coletiva, a colaboração de trabalhadores e comunidades, e as organizações que os apoiam
   
4. Habilitar a legislação para incentivar materiais circulares (e desincentivando os materiais à base de combustíveis fósseis)
   
5. Acelerar o investimento em materiais circulares (e desincentivar o investimento em materiais baseados em combustíveis fósseis)
   
6. Transição de modelos de negócios (em materiais) para abordagens de paisagem, criando mais segurança de renda para agricultoras e agricultores e permitindo práticas positivas para o clima

1. Estabelecer e implementar roteiros da indústria, bem como permitir a legislação sobre carbono para toda a vida e economia circular
2. Acelerar a distribuição equitativa do investimento em edifícios com baixo teor de carbono e com eficiência de recursos
3. Apoiar as comunidades para garantir a descarbonização do setor e aumentar a eficiência dos recursos promove a equidade e a inclusão
4. Acelerar a absorção de madeira sustentável e construção de materiais de base biológica por meio do Built by Nature

Durante o processo de desenvolvimento de estratégias, desenvolvemos um Mapa do Sistema Econômico interativo, para visualmente refletir , testar e compartilhar o que aprendemos ao longo do nosso processo de desenvolvimento de estratégias.

O mapa, que está publicado sob a licença Creative Commons, permite que qualquer pessoa possa compreender nossa visão das questões estruturais do sistema econômico e explorar como ele funciona. Por exemplo, o mapa mostra como as decisões dos investidores podem afetar os salários dos trabalhadores, ou como empresas bem-sucedidas são capazes de influenciar decisões políticas em seu benefício.

O mapa também mostra mais de 130 organizações e as mudanças rumo às quais elas estão trabalhando dentro do sistema econômico. É uma ferramenta para fomentar discussão e diálogo entre pessoas com opiniões diferentes sobre o que é necessário (e o que pode ser mais eficaz) para mudar o sistema econômico.

Como parte do desenvolvimento da nossa estratégia de cinco anos, desenhamos a nossa Teoria da Mudança. Ela mostra como, através de intervenções específicas, podemos contribuir para as mudanças de curto e longo prazo necessárias para influenciar os nossos quatro principais públicos interessados: trabalhadores(as) e produtores(as) (e as comunidades em que eles vivem), líderes de empresas e industrias, investidores e gestores públicos.

Para cada uma das nossas indústrias e áreas foco, desenvolvemos cadeias detalhadas de causa e efeito e usamos essas informações para desenvolver nossa Teoria da Mudança. Uma versão interativa de nossa Teoria da Mudança está disponível em nosso site, para que nossos parceiros e potenciais parceiros possam entender como suas próprias visões podem ampliar a mudança que queremos ver.

Nossa Teoria da Mudança também nos ajuda a determinar quais de nossas seis abordagens funcionará melhor:

Para medir nosso progresso em direção à mudanças sistêmicas, enquanto nos adaptamos a um mundo que se transforma rapidamente, desenvolvemos uma metodologia baseada em rubricas avaliativas. Nossas 21 rubricas, que abrangem desde processos até impactos de longo prazo, estabelecem um padrão do que é considerado “bom” e criam uma linguagem comum com os nossos parceiros e outros financiadores para descrever e avaliar usando evidências qualitativas e quantitativas. 

Estas rubricas informam todo o nosso processo de concessão de doações, desde a fase de elaboraçãode projeto até a medição, avaliação e aprendizagem. Também publicamos uma ferramenta de rubricas em nosso site ar nosso processo de solicitação de apoio para potenciais parceiros.